Dezenas de milhares de palestinos atravessaram a fronteira com o Egito, nesta quarta-feira
Foto: AP Dezenas de milhares de palestinos atravessaram a fronteira com o Egito, nesta quarta-feira, depois que militantes abriram v�rios buracos na cerca de metal que delimita a fronteira com a Faixa de Gaza.
Os palestinos aproveitaram para comprar bens essenciais, como alimentos e combust�vel, que se tornaram escassos depois que Israel bloqueou o acesso ao territ�rio, na semana passada, com o objetivo de acabar com os ataques com foguetes vindos de Gaza.
Segundo testemunhas, os guardas eg�pcios da fronteira assistiram a tudo impass�veis. Os buracos foram abertos a explos�es, durante a madrugada, perto da cidade palestina de Rafah.
O grupo militante Hamas, que controla Gaza, j� havia pedido ao Egito para abrir a fronteira.
O governo de Israel expressou preocupa��o com os eventos na fronteira e pediu ao Egito que restabele�a a seguran�a.
Analistas afirmam que a explos�o da cerca � uma quest�o importante para Israel, j� que a fronteira com o Egito � a principal rota de entrada de armas usadas pelos grupos militantes em Gaza.
Bloqueio
Nos �ltimos meses, a fronteira tem estado praticamente fechada, em um acordo entre Israel e Egito.
Uma mulher de Gaza que cruzava a fronteira com o Egito, disse � BBC: "N�s estamos indo visitar nossa fam�lia. Eles est�o todos l�. N�o os vejo h� dez anos".
Na ter�a-feira, Israel aliviou o bloqueio temporariamente, permitindo que fossem levados rem�dios e combust�vel para Gaza.
Grupos militantes isl�micos amea�aram explodir a cerca no in�cio da semana.
Em 2005, militantes do Hamas abriram buracos na cerca com o Egito depois da retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
A passagem de milhares de palestinos para o Egito, nesta quarta-feira, ocorre um dia depois de a pol�cia eg�pcia ter impedido um protesto de mulheres em Rafah.
Na ter�a-feira, enviados palestinos e israelenses se confrontaram durante um debate sobre o bloqueio israelense no Conselho de Seguran�a da ONU.
O observador palestino acusou Israel de insuflar a viol�ncia, enquanto o enviado israelense respondeu que seu pa�s tinha que proteger seu povo dos ataques com foguetes.
O Conselho estava considerando um pedido de l�deres �rabes e isl�micos para permitir a livre entrada de ajuda humanit�ria para Gaza, em meio ao crescente descontentamento internacional com o que a Uni�o Europ�ia chamou de "puni��o coletiva" aos 1,5 milh�o de moradores do territ�rio.
Mas o representante israelense Gilad Cohen negou que Israel estivesse violando as leis internacionais.
"� dever de todos os Estados garantir o direito � vida e seguran�a de seu povo, especialmente contra atos cru�is de viol�ncia e terrorismo", disse ele, acrescentando que Israel iria "garantir o bem-estar humanit�rio" em Gaza.
Palestinos explodem cerca e furam bloqueio israelense.
Fonte: http://noticias.uol.com.br
|