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Ramos Horta, já fora de perigo, é levado para a Austrália

Agentes da ONU patrulham o escritório do primeiro-ministro Xanana Gusmão, em Dili, depois do ataque contra ele e o presidente Ramos Horta
Ramos Horta, já fora de perigo, é levado para a Austrália

Foto: Lirio Da Fonseca/Reuters

O presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, foi levado para a Austrália para continuar com seu tratamento, depois de ter sido atingido por um tiro em um atentado em sua casa.

Abel Guterres, cônsul do Timor-Leste em Sydney, disse que "a vida do presidente está fora de perigo, e está sendo transferido de avião para Darwin para receber mais tratamento", segundo a rede de televisão "Sky News".

O Royal Darwin Hospital, a cerca de 600 quilômetros da antiga colônia portuguesa no norte da Austrália, está à espera do presidente timorense, segundo a agência de notícias "AAP".

Ramos Horta se encontra em estado estável após ter sido operado com sucesso de dois ferimentos à bala por médicos australianos em uma base militar em Dili.

Prêmio Nobel da Paz em 1996, Ramos Horta assumiu a Presidência do Timor-Leste no dia 20 de maio de 2007, após vencer o segundo turno das leições presidenciais no país.

O ataque deste domingo teria sido organizado por soldados renegados ao comando de seu rival, Alfredo Alves Reinado. Ele morreu durante a ação, pondo fim a um confronto que começou em meados de 2006.

Em outro ataque do mesmo grupo de soldados renegados, o alvo foi o primeiro-ministro Xanana Gusmão, que saiu ileso. Depois do ataque frustrado, ele despachou com assessores e funcionários da ONU. Em entrevista, afirmou que os ataques fazem parte de uma tentativa de golpe de Estado.

Recentemente, Gusmão propôs um diálogo para escutar as queixas dos soldados expulsos do Exército pelo governo de seu antecessor, Mari Alkatiri.

Alves Reinado era o chefe dos renegados e dirigiu os quase 600 militares que, junto com ele, foram expulsos das Forças Armadas do Timor Leste em março de 2006 por suposta insubordinação, quando faziam um protesto por melhoras trabalhistas.

A dispensa, na qual as Forças Armadas timorenses perderam um terço de seu pessoal, foi considerada o ato que desencadeou a situação de instabilidade que desde então o Timor Leste vive.

Ramos Horta, já fora de perigo, é levado para a Austrália após ser operado.

Fonte: http://noticias.uol.com.br

Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir