Candidato à reeleição, o atual primeiro-ministro da Espanha, José LuÃs RodrÃguez Zapatero vota nas eleições gerais deste domingo
Foto: Alessandro Bianchi/Reuters Madri, 9 mar (Lusa) - O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de José Luís Rodriguez Zapatero, ampliou sua vantagem sobre o Partido Popular (PP) para 5,3 pontos porcentuais, segundo uma sondagem divulgada neste domingo em um jornal de Andorra, associado a um diário espanhol que, por lei, não pode divulgar pesquisas desde terça-feira.
O El Periódico de Andorra diz que o apoio ao PSOE tem aumentado ao longo da semana, consolidando-se no dia de reflexão e depois do atentado, atribuído ao ETA, que vitimou o ex-vereador socialista, Isaías Carrasco.
A intenção de voto nos socialistas passou de 41,5% na terça-feira para 43,4% no sábado, enquanto o apoio ao Partido Popular (PP) caiu de 39% para 38,1% no mesmo dia.
A sondagem antecipa uma participação popular em torno dos 72%, "relativamente alta", mas abaixo dos 75,7% registrados há quatro anos, quando a eleição ficou marcada pelos atentados de 11 de março, em Madri.
Caso o resultado das sondagens se confirme nas urnas, parece se confirmar que o impacto do atentado do ETA nas intenções de voto foi reduzido, já que a tendência é notada desde o início da semana.
Neste cenário, o PSOE somaria entre dois e seis deputados aos 164 que atualmente detém no Congresso espanhol, e o PP conseguiria entre três e sete a mais do que seus 148 atuais.
O partido Convergência e União (CiU) conseguiria manter suas dez cadeiras, assim como o Partido Nacionalista Basco (PNV), que ficaria com as seis atuais.
Veriam diminuir suas bancadas a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), que pode perder até metade dos oito deputados atuais, e a Esquerda Unida (IU), que pode perder um dos cinco. Com isso, os dois partidos deixariam de ter grupo parlamentar próprio.
Ainda de acordo com a sondagem divulgada neste domingo, a fidelidade dos eleitores do PP caiu, passando de 80% para 75%, enquanto a do PSOE cresceu para 70%.
í‰ esperado maior comparecimento dos eleitores í s urnas em Madri e região. Catalunha e País Basco devem ter as menores participações dos eleitores.
Furando a proibição
A publicação da sondagem em Andorra repete recurso utilizado ao longo da última semana de campanha, quando a imprensa espanhola usou jornais estrangeiros e a vantagem da internet para continuar medindo o pulso do eleitorado.
Nos últimos cinco dias, foram publicadas várias sondagens fora da Espanha, como no jornal El Periodic d'Andorra e no The Times, de Londres.
No caso da pesquisa do El Periodic d'Andorra, o inquérito foi encomendado diretamente por um jornal espanhol, o El Periódico da Catalunha que, assim, quis alertar para o que considera uma necessária reforma da lei que impede a publicação de sondagens nos cinco dias antes das eleições.
"A proibição de publicar sondagens é uma clara limitação da nossa liberdade de expressão, que não combina com uma democracia sólida como a nossa", escreveu o jornal em editorial, no inicio da semana.
A necessidade de reforma de uma lei com mais de 20 anos é partilhada pela maior parte dos partidos, que considera a decisão obsoleta porque, com as novas tecnologias, é possível ter acesso a pesquisas em outros países.
Espanha vai í s urnas; sondagens apontam vitória de Zapatero
Fonte: http://noticias.uol.com.br
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