Categoria Economia  Noticia Atualizada em 11-03-2008

Reduzir desmatamento custaria US$ 3,4 bilhíµes
Cálculo foi feito em estudo de instituições brasileiras e americanas e apresentado hoje
Reduzir desmatamento custaria US$ 3,4 bilhíµes

A maior parte da contribuição brasileira para o aquecimento global, que vem do desmatamento na Amazônia, poderia ser evitada com um investimento de US$ 3,4 bilhões ao longo de dez anos. A conclusão é de um estudo coordenado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), segundo o qual é possí­vel evitar a emissão de uma tonelada de gás carbônico (o principal gás do efeito estufa) na região investindo menos de um dólar.

A conta, feita pelo Ipam em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com o Centro de Pesquisas Woods Hole (Estados Unidos), será apresentada nesta quarta (12) í Frente Parlamentar Ambientalista, na Câmara dos Deputados em Brasí­lia.

"O estudo mostra que o custo de reduzir desmatamento é plausí­vel e muito mais baixo do que se imaginava. O mais importante é ter vontade polí­tica para implementar um programa de reduções nas emissões do desmatamento e da degradação", declarou Paulo Moutinho, coordenador de pesquisa do Ipam e co-autor do estudo, em comunicado oficial.

As estimativas incluem investimento para combater o desmatamento, bem como um sistema de compensações financeiras que incentive populações tradicionais da região (pagando cerca de meio salário mí­nimo por famí­lia) e fazendeiros a manter a floresta em pé. Com o plano, seria possí­vel reduzir as emissões de gás carbônico oriundas da floresta em cerca de 5 bilhões de toneladas. A intenção é tentar incluir o plano nas futuras negociações internacionais sobre o aquecimento global, de forma que os paí­ses desenvolvidos financiem a redução de emissões na Amazônia.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir