Categoria Policia  Noticia Atualizada em 22-04-2008

Pedreiro que testemunhou no caso Isabella volta a depor
O pedreiro Gabriel Santos Neto voltou à delegacia nesta terça-feira (22). Ele reafirmou que não houve arrombamento na obra do sobrado onde trabalha
Pedreiro que testemunhou no caso Isabella volta a depor
Foto: Reprodução

O pedreiro Gabriel Santos Neto voltou nesta terça-feira (22) ao 9º Distrito Policial, no Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, onde estão concentradas as investigações sobre a morte de Isabella Nardoni.

Santos trabalha na obra de um sobrado que fica atrás do Edifício London, onde a menina morreu.

O pedreiro foi ouvido por investigadores e reafirmou que não houve arrombamento no sobrado onde trabalha. No começo do mês, Santos prestou depoimento e negou que a construção tenha sido arrombada no dia do crime. A informação de que ele tinha constatado o arrombamento foi dada por um encarregado de obras à polícia.

O pedreiro foi chamado de novo a depor para eliminar dúvidas a respeito de seu depoimento. Mas ele reafimou à polícia e depois em entrevista aos jornalistas que não houve arrombamento.

Nesta terça-feira, o avô e a madrinha de Isabella, Antonio e Cristiane Nardoni, também vão prestar depoimento sobre o caso. Também nesta terça devem ser divulgados os laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML).

Os depoimentos dos Nardoni estavam marcados para o sábado (19), mas foram adiados após um acordo entre advogados de defesa e os delegados que conduzem as investigações no 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo.

O adiamento foi justificado pelo cansaço da família após os interrogatórios do pai e da madrasta de Isabella, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Eles enfrentaram protestos ao sair de casa em direção ao distrito, na manhã de sexta (18), e passaram o dia sendo ouvidos pela polícia.

Os dois só deixaram o distrito na madrugada de sábado (20), indiciados por homicídio triplamente qualificado. As qualificadoras do crime, segundo a polícia, são motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

Eles são os principais suspeitos pela morte da menina, que após ter sido espancada e asfixiada, foi jogada do 6º andar do Edifício London, no bairro da Vila Mazzei, também na Zona Norte de São Paulo, em 29 de março. Em entrevista exclusiva ao Fantástico, eles negaram a autoria do crime.

A polícia tem até o dia 28 de abril para concluir a investigação. Pode pedir mais prazo, mas é pouco provável. Antes de entregar o inquérito à Justiça, a polícia ainda deve fazer uma reconstituição do crime.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir