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Promotor afirma que houve tentativa de esconder provas

Cembranelli diz que algu�m tentou remover manchas de sangue no carro e no apartamento.
Promotor afirma que houve tentativa de esconder provas

Foto: www.g1.com.br

O promotor que acompanha o caso Isabella, Francisco Cembranelli, afirmou na noite desta quinta-feira (24) que os peritos identificaram tentativas de remover os vest�gios do assassinato da menina de 5 anos. Ela foi jogada do 6� andar de um pr�dio na Zona Norte de S�o Paulo em 29 de mar�o.

De acordo com o promotor, manchas de sangue no apartamento e no carro de Alexandre Nardoni, pai da garota, foram lavadas. Ele diz que os respons�veis ser�o indicados "no momento oportuno". "N�o se sabe exatamente em que momento, mas a per�cia comprovou que houve, sim, manipula��o (do local do crime). O laudo concluiu que o local foi alterado, que foi manipulado", afirmou.

Al�m disso, ao ser indagado se Anna Carolina Jatob�, a madrasta de Isabella, teria lavado roupas para esconder manchas de sangue, o promotor afirmou: "Tudo indica que sim".

O promotor reafirmou que Isabella j� estava ferida dentro do carro do casal e que algu�m tentou esconder as manchas de sangue. "N�o h� d�vida disso", afirmou. Segundo ele, havia tr�s manchas de sangue no carro e apenas uma apresentava condi��es para fazer um exame de DNA.

"� preciso ressaltar que essas manchas foram capturadas com muito sacrif�cio, elas tamb�m foram lavadas e s� foram obtidas com luminol. As pr�prias circunst�ncias indicam que eram da Isabella. N�s temos a posi��o de Isabella, confirmada pelo pr�prio casal e s�o marcas bastante significativas", declarou.

O promotor contestou as declara��es dos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatob�, que afirmaram n�o haver sangue no ve�culo. "Parece que o laudo n�o foi lido, ent�o. Evidente que foi feito o exame relacionado a isso e a conclus�o � clara, absolutamente clara. S� n�o v� quem n�o quer", disse.

Em depoimentos, o av� e a tia da garota, Ant�nio e Cristiane Nardoni, confirmaram ter passado no apartamento ap�s o crime, mas negaram ter removido provas. "As pessoas que entraram (no apartamento) negaram. N�o existe qualquer elemento que determine qualquer responsabilidade pela altera��o do local. Isso tamb�m vai ser considerado em um contexto e os respons�veis ser�o indicados no momento oportuno", concluiu.

Janela
Cembranelli afirmou ainda que quem matou Isabella foi cuidadoso ao jogar o corpo da menina pela janela. "Se fosse um monstro, como dizem os indiciados [Alexandre e Anna Carolina Jatob�], ele arremessaria de qualquer lugar, de qualquer jeito. A Isabella foi cuidadosamente introduzida no buraco feito na tela e foi suspensa por um certo tempo pelas m�os", disse. "Se ela tivesse sido arremessada, cairia no granito, os danos f�sicos seriam muito maiores."

Nesta tarde, Cembranelli se reuniu com a delegada-assistente Renata Pontes, do 9� Distrito Policial, onde est�o concentradas as investiga��es. O promotor recebeu uma c�pia dos �ltimos depoimentos e acertou detalhes de como ser� a reconstitui��o de domingo. Al�m do casal, devem participar outras cinco pessoas.

Pela manh�, policiais civis estiveram no Edif�cio London para preparar detalhes da seguran�a durante a reconstitui��o do crime, prevista para come�ar �s 9h de domingo (27). Moradores do edif�cio est�o deixando o pr�dio para evitar os transtornos que ser�o provocados pelos trabalhos da pol�cia. "Muitos moradores j� at� viajaram. Poucos v�o ficar no domingo", afirmou o delegado operacional da Zona Norte, C�sar Camargo.

A reconstitui��o vai confrontar a vers�o dos dois com os depoimentos prestados pelas 62 testemunhas ouvidas pela pol�cia.

Promotor afirma que houve tentativa de esconder provas no caso Isabella
Cembranelli diz que algu�m tentou remover manchas de sangue no carro e no apartamento.
Ele afirma que os respons�veis ser�o indicados "no momento oportuno".

Fonte: Marcelo Mora

Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir