Categoria Geral  Noticia Atualizada em 01-05-2008

Defesa do casal diz que irá contratar perito para aclarar
De acordo com advogados, profissional não irá contestar os laudos do IC e do IML
Defesa do casal diz que irá contratar perito para aclarar
Foto: Reprodução

Os advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella Nardoni, apontaram, nesta quarta-feira (30), uma série de irregularidades, ao menos na visão da defesa, na condução do inquérito que investiga a morte da menina e na elaboração dos laudos. Por isso, eles anunciaram que irão contratar um perito para esclarecer "alguns aspectos" dos laudos já produzidos pelo Instituto de Criminalística e pelo Instituto Médico-Legal (IML).

"Há alguns aspectos que gostaríamos de ver esclarecidos. Por isso, a defesa deve contratar um profissional. O próprio corte da tela, por exemplo. Na reconstituição, não vimos a identidade, as características, do corte da tela. Não vamos questionar os laudos. É apenas para aclarar algumas situações", declarou Marco Polo Levorin.

De acordo com o advogado, este profissional utilizará metodologia própria para elaborar os seus pareceres sobre os fatos do dia 29 de março e deverá ser contratado até o final desta semana.

"A fase da produção do inquérito é inquisitiva. Com a conclusão deste e sua entrega ao Ministério Público, a defesa agora fará a produção das suas próprias provas. As provas testemunhais, por exemplo, são periféricas ao fato principal. As informações colhidas no inquérito sinalizam para uma fragilidade dos dados probatórios", insistiu.

Metodologia contestada
Outra das críticas da defesa é em relação ao uso de parte do trabalho da perícia durante depoimento de Alexandre Nardoni, no dia 18 de abril, sem que os laudos estivessem anexados ao inquérito. "A autoridade fez afirmações que se divorciam da conclusão dos laudos periciais", afirmou Levorin. O advogado apontou como um erro o questionamento sobre a existência de marcas de vômito na camisa de Alexandre e do sangue de Isabella dentro do carro.

"Pela conclusão do laudo, isso não é verdadeiro", disse. "A simples constatação de que o sangue não seria de Isabella, numa prova pericial, muda significativamente o que tem sido anunciado", disse.

Linha de investigação
A primeira crítica dos advogados foi sobre o fato de o casal ter passado da condição de averiguado a de suspeito durante as investigações, pois a polícia teria ignorado, na visão da defesa, a possibilidade de que uma terceira pessoa pudesse ter cometido o crime.

Para comprovar a possibilidade de um terceiro suspeito, Levorin citou diversas falhas na segurança do Edifício London, de onde Isabella foi jogada de uma janela do 6° andar. "De fato, o condomínio era vulnerável", disse Levorin.

Reconstituição
Para Levorin, a ausência do casal na reprodução simulada do crime foi justificada com base na linha de investigação da Polícia Civil. "No entendimento da defesa, as investigações foram para comprovar a linha de investigação da polícia, não se ampliou. Nós não concordamos e por isso eles não participaram da reprodução."

Defesa do casal diz que irá contratar perito para aclarar. De acordo com advogados, profissional não irá contestar os laudos do IC e do IML.

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir