Categoria Policia  Noticia Atualizada em 02-05-2008

Saiba como os peritos acham que Isabella foi morta
Jornal da Globo apresentou com exclusividade detalhes do relat�rio da per�cia
Saiba como os peritos acham que Isabella foi morta
Foto: Reprodu��o

O "Jornal da Globo" teve acesso com exclusividade ao relat�rio do Instituto de Criminal�stica de S�o Paulo em que � descrito como pode ter ocorrido a morte da menina Isabella Nardoni.

No laudo, peritos fazem minuciosa descri��o da poss�vel din�mica do crime.

Foram usadas no relat�rio fotos das pe�as de roupas supostamente vestidas no dia do crime pelo pai da menina, Alexandre Nardoni.

O laudo mostra que os peritos simularam v�rias posi��es de aproxima��o � rede de seguran�a da janela do apartamento por onde a v�tima foi jogada.

Outro detalhe, segundo a an�lise dos peritos, � que uma foto, de uma roupa usada pela garota, revela que Isabella ficou com as pernas flexionadas e o sangue que sa�a do corte da testa acabou manchando a cal�a usada por ela.

Havia sangue tamb�m no assoalho (piso) do apartamento, mas nem todas as manchas eram vis�veis a olho nu. Uma subst�ncia qu�mica usada na per�cia, chamada Luminol, tornou poss�vel identificar a presen�a do sangue no local.

Com base nas investiga��es, a delegada pediu a pris�o preventiva de Anna Carolina Jatob� e Alexandre Nardoni.

O promotor Francisco Cembranelli, que acompanha o caso, adiantou que vai refor�ar a necessidade da pris�o preventiva dos dois suspeitos.

A defesa do casal diz que a pris�o � desnecess�ria, porque Alexandre e Ana Carolina tem o endere�o conhecido e tem colaborado com as investiga��es.

Os peritos apresentaram, no laudo, suas considera��es sobre a din�mica do crime, considerando as provas recolhidas.

Leia a seguir a transcri��o de trechos do relat�rio dos peritos:

"(�) A agress�o inicial pode ter ocorrido ainda no interior do ve�culo, por�m, at� a soleira da porta de entrada do apartamento 62, n�o houve sangramento.

(�) Imediatamente ap�s a abertura da folha da porta, as manchas sangu�neas se fazem presentes, obedecendo sempre o mesmo padr�o, projetado a 1,25 m de altura com rela��o ao suporte.

(�)Tais caracter�sticas indicam que a v�tima estava sendo transportada, im�vel ou inconsciente, at� ser colocada sentada, junto a um sof� ali existente, justificando a maior quantidade de sangue neste sitio.

(�)Transcorridos alguns minutos, que n�o foram pass�veis de determina��o, a pequena v�tima fora novamente transportada em dire��o ao dormit�rio pertencente aos irm�os.

(�)O agressor que a carregava, ao tentar subir sobre a cama com o intuito de chegar � janela, escorregou seu p� esquerdo, produzindo um esfrega�o de solado de uma sand�lia, do tipo havaiana, na lateral do len�ol.

(�)Ato cont�nuo galgou a cama, produzindo com o p� direito uma marca de solado de sand�lia, de mesmo tipo, sobre a superf�cie do len�ol.

(�)Ao efetuar o passo seguinte, introduziu o p� esquerdo entre as duas camas, ali produzindo um esfrega�o de solado de mesma sand�lia na lateral do len�ol.

(�)Junto � janela, introduz os p�s da v�tima. Pelo v�o produzido na rede de prote��o, segurando-a pelos pulsos no vazio.

(�)O agressor ao segurar a v�tima desta forma, pressionou seu tronco contra esta mesma rede, ocasi�o em que a poeira nela contida foi transferida para as tramas da camiseta que vestia, de maneira �nica e individual.

(�)Nestas circunst�ncias, soltou primeiramente a m�o esquerda, quando ent�o a v�tima efetuou movimento pendular para sua direita, soltando em seguida outra m�o.

(...) Percorrendo em queda livre uma dist�ncia de aproximadamente dezoito metros, vindo a imobilizar-se sobre o canteiro ajardinado.

(�)As sand�lias e a camiseta relacionadas com os ind�cios aqui consignados pertencem, segundo informes, a Alexandre Alves Nardoni"

Saiba como os peritos acham que Isabella foi morta. Jornal da Globo apresentou com exclusividade detalhes do relat�rio da per�cia.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir