Como lidar com o desencanto
Foto: http://acertodecontas.blog.br Pranteando entre os compassos do romantismo, da amargura e da solidão causada pela perda da pessoa amada, a dor-de-cotovelo tem inspirado os poetas a compor as mais belas melodias. Mas, para aqueles que após o rompimento a vida deixa de ser uma canção e a poesia vira fel, a gaiola da amargura os espera de portas abertas e muitos nela entram, partindo suas vidas ao meio.
A torre de cristal
Inesperadamente, ou após um período de paquera, duas pessoas se envolvem e se apaixonam. As cores e as nuances do namoro se refletem em cada rosto. As emoções, alegres e tristes, são compartilhadas em tempo real. Arrebatados, chegam ao ponto de assumirem que será impossível viverem separadamente. Entretanto, se por algum motivo a torre de cristal se quebra, seus estilhaços cortam os laços da cativação e a alma sangra...
Epílogo
Saber aceitar a realidade quando esta se sobrepõe ao desejo, é sinal de maturidade e poucos são os que, em clima de desunião, enxergam isso. Continuar amando sem reciprocidade após a ruptura ou insistir no relacionamento é desgastante e só trará mais sofrimento. Outro erro é se aposentar da vida afetiva. Essa atitude equivocada trunca o destino dos que se afogam na taça do desânimo. No entanto, quem se abstém deste elixir e vai a luta, compreenderá depois de certo tempo que, seu caminho afetivo segue um curso coordenado por uma lógica superior e, sobrevivendo ao naufrágio da paixão, retorna mais forte e experiente na arte de amar.
José Antonio Sespedes -Autor do livro:Depressão, um beco com saída.
www.outonos.com.br
Fonte: O Autor
|