Morte de Cara Marie Burke, 17, ganhou reportagens em jornais e sites de notícias.
Foto: Álbum de família O caso da garota britânica de 17 anos assassinada e esquartejada em Goiânia repercutiu nesta sexta-feira na imprensa britânica.
Versões impressas dos principais jornais do país acionaram seus correspondentes no Brasil e seus repórteres de polícia em Londres, e a foto de Cara Marie Burke foi estampada na homepage de alguns dos sites.
O jornal The Times procurou a família de Cara, que informou ao jornal que o crime poderia ter sido evitado se ela tivesse voltado à Grã-Bretanha duas semanas antes, como planejado. A viagem só não foi possível porque Cara teria se machucado em um acidente a caminho do aeroporto, disse a família ao jornal.
Segundo o jornal, a mãe de Cara, viúva e mãe de três filhos, estava a caminho do Brasil e "muito estressada" para conversar com a imprensa.
O The Daily Telegraph informou que a tatuagem que levou ao reconhecimento da garota portava a inscrição "Mum", ou mamãe. De acordo com a reportagem assinada de São Paulo, o adorno foi visto por uma amiga em Londres que assistia a um canal internacional brasileiro.
O diário The Independent destacou que Cara já havia visitado o Brasil duas vezes - ela gostava do país e de futebol, tendo inclusive participado da equipe feminina do Chelsea, um dos principais times de futebol londrinos.
O corpo desmembrado de Cara foi encontrado em uma mala, do qual a polícia ainda procura a cabeça e os membros. Mohamed D"Ali Carvalho dos Santos, 20, com quem ela dividiu um apartamento - a polícia ainda tenta estabelecer se houve uma relação amorosa entre os dois - confessou o crime.
Em uma entrevista à BBC, entretanto, ele negou a autoria do crime.
Descrito pela imprensa britânica como traficante de pequeno porte, o jovem brasileiro de origem turca contou à polícia que matou a garota porque ela ameaçara revelar à sua família que ele estava envolvido com as drogas.
"Ele é um verdadeiro sociopata. A maneira como matou Cara e desmembrou seu corpo revela uma terrível crueldade", disse ao jornal The Guardian o policial que conduz as investigações, Jorge Moreira.
Os repórteres do jornal no Rio e em Londres dizem que a morte foi a 38ª em Goiânia, "uma ex-cidade rural que enfrenta problemas crescentes de homicídio e drogas".
Tablóides
A trágica história também foi parar na capa dos tablóides britânicos.
Dedicando duas páginas ao caso, o The Sun publicou uma foto de Cara usando a camisa da seleção brasileira de futebol, junto com outras do arquivo da família, da faca usada no crime e da mala onde o torso dela foi encontrado.
O jornal diz que falou por telefone com Mohamed D"Ali, que estava em sua cela e disse ter "mentido" ao confessar o crime às autoridades brasileiras.
Estampando a foto de Cara em sua capa, o Daily Mail ressaltou as palavras de uma porta-voz da polícia goiana, segundo a qual Mohamed D"Ali dos Santos "não expressou nenhum tipo de remorso" pelo assassinato.
Esquartejamento de garota em Goiânia é destaque em jornais britânicos
Morte de Cara Marie Burke, 17, ganhou reportagens em jornais e sites de notícias.
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