Moeda teve alta de 2,58%, para R$ 1,867. Investidores reagiram mal ao socorro à seguradora AIG.
Foto: http://cearanoticias.com.br O dólar registrou nesta quarta-feira (17) sua maior alta diária frente ao real em mais de um ano, em meio a um mercado internacional turbulento.
Ao final do pregão, a moeda americana fechou negociada a R$ 1,867, com aumento de 2,58%, maior patamar desde o dia 24 de setembro de 2007.
Nesta quarta,os mercados manifestaram dúvidas sobre a eficácia da decisão do governo americano, que anunciou um socorro de US$ 85 bilhões para a seguradora AIG. Em troca do empréstimo, o Fed passará a deter 80% do controle da maior companhia seguradora dos Estados Unidos, segundo o jornal "New York Times".
Movimentos do pregão
"A percepeção é que grande parte de quem sai da bolsa vai para a renda fixa e não sai do país", afirmou Mario Battistel, gerente da Fair Corretora, sobre os dados do BC. Segundo Battistel, a alta do dólar deve-se mais a um movimento especulativo, com compra de dólares no mercado à vista e venda no futuro.
Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, disse que os mercados derivativos de dólar mostram essa tendência especulativa. "Não existe nenhuma demanda acentuada" por dólar no mercado, afirmou. "Com esse tumulto na segunda-feira (com o colapso do banco de investimento Lehman Brothers), criou-se um clima para dar outra puxada no dólar."
De acordo com dados mais recentes da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os estrangeiros mantinham mais de US$ 5 bilhões em posições compradas em derivativos cambiais nesta semana - o que equivale a uma aposta na alta do dólar.
Outros fatores
A atenção dos investidores também fica se voltou para a continuidade do ajuste nas bolsas internacionais, depois que o Federal Reserve (Fed) banco central norte-americano optou por manter a taxa básica de juros em 2% ao ano.
No cenário interno, mesmo com a crise o Banco Central mostrou que o mercado de câmbio recebeu, liquidamente, mais de US 4 bilhões nos primeiros 10 dias úteis de setembro.
Dólar volta para maior patamar desde setembro de 2007
Moeda teve alta de 2,58%, para R$ 1,867.
Investidores reagiram mal ao socorro à seguradora AIG.
Fonte:
|