Para viabilizar tal proposta, Cleber afirma que repassou seus estudos para representantes do INCRA e do IPHAN
O reconhecimento de uma área de Quilombolas em Graúna, interior de Itapemirim, foi um dos pontos altos dos debates no II Seminário Nacional de Africanidades e Afrodecendência, realizado na Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória na última semana.
A tese de criação de uma área de quilombolas na região de Itapemirim foi defendida pelo Professor Cleber, historiador que a convite do governo do Estado participou do Seminário na condição de representante dos municípios do sul capixaba.
Segundo Professor Cleber, a partir de pesquisas de campo, coordenadas por ele e pelos professores Ângelo e Luís Cláudio, foi possível identificar que a área onde hoje é Graúna, é na verdade o que se pode chamar de autêntico Quilombola de Doação, pois Graúna teria surgido de uma doação de terra, feita à época pelo Barão de Itapemirim, para uma de suas escravas, conhecida pelo nome de Luzia.
Para viabilizar tal proposta, Cleber afirma que repassou seus estudos para representantes do INCRA e do IPHAN, que por sua vez, diante das evidências adiantaram que darão início aos estudos oficiais que visam ao reconhecimento da área Quilombola.
Por outro lado, o professor também está agendando uma visita de campo com representantes da fundação Palmares que demonstraram bastante interesse pela proposta e desejam fazer uma visita ao local.
Caso professor Cleber consiga que Graúna seja reconhecida como região de Quilombola, seus moradores terão direito a participar e a receber benefícios de diversos programas do Governo Federal, sem contar que com o título, a região ganha como um todo, pois Graúna passará a ser um ponto turístico de valor histórico.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marataízes - Renato Alves
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