Categoria Policia  Noticia Atualizada em 26-05-2010

Guerrilha multiplica ataques contra o exército
A quatro dias da eleição presidencial, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) intensificaram os ataques no departamento de Caquetá, no sul do país. Na segunda-feira, nove fuzileiros navais foram mortos quando tentavam sitiar um acampamento d
Guerrilha multiplica ataques contra o exército
Foto: www.estadao.com.br/fotos/birmania_militares_e.


A ofensiva guerrilheira, que atinge também o sudeste e o sudoeste, coincide com a renúncia do comandante das Forças Mi-litares, general Freddy Padilla.Em carta ao presidente Álvaro Uribe, Padilla justificou a decisão em nome de "deixar à vontade" o próximo governo, mas nas últimas semanas oficiais da reserva comentaram que a tropa estaria com o moral baixo.

Analistas dizem que em época de eleições a guerrilha procura mostrar força. O último ataque ocorreu entre as localidades de Solano e Cartagena del Chairá, na região onde se desenrolaram as frustradas negociações de paz entre as Farc e o governo de André Pastrana, de 1999 a 2002.

Para a Missão de Observação Eleitoral, integrada por várias organizações civis, ainda há risco de episódios de violência durante a jornada eleitoral. "Lamentavelmente, nos últimos 15 dias as Farc deram demonstração de sua violência com atos em seis departamentos do país", afirmou Alejandra Barrio, representante do órgão de vigilância. Os eleitores de Caquetá cobram mais transparência do governo. No portal Caqueta.com, a internauta Martha denuncia "a falta de garantias em Florencia (capital) e em todo o departamento".

O Departamento Administrativo de Segurança (DAS), serviço de inteligência da Colômbia, anunciou que pelo menos 66 municípios estão em alerta diante da ameaça de ataques guerrilheiros. Para aumentar a segurança durante a votação de domingo, Uribe anunciou a mobilização de 350 mil soldados e policiais. A proteção dos candidatos presidenciais também foi reforçada, principalmente a de Gustavo Petro, do partido esquerdista Polo Democrático Alternativo, que disse ter recebido ameaças de morte por parte das Farc.

Para o analista político León Valencia, a ofensiva das Farc produz "o paradoxo" de criar "um clima favorável" à coalizão de governo. "Uribe obteve suas duas vitórias eleitorais pelo medo à guerrilha, e os candidatos independentes rezam todos os dias para que os insurgentes não queiram ou não possam lançar ações militares de grande alcance", disse Valencia ao jornal La Nación.

O medo de represálias e o difícil acesso às seções eleitorais também influem no alto índice de abstenção nas áreas rurais. Em 2008, Caquetá registrou comparecimento de apenas 32,38% nas eleições para a Câmara dos Deputados, consideradas de "alto índice" de participação.






A quatro dias da eleição presidencial, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) intensificaram os ataques no departamento de Caquetá, no sul do país. Na segunda-feira, nove fuzileiros navais foram mortos quando tentavam sitiar um acampamento de onde os rebeldes lançariam operações militares no dia da votação.


Guerrilha multiplica ataques contra o exército

 
Por:  Joilton Cândido Vasconcelos    |      Imprimir