Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 29-05-2010

PATIFES DE NOVO, NíO!

PATIFES DE NOVO, NíO!

Estamos novamente à beira de um processo eleitoral e diante de tantos "P" para anteceder siglas dos partidos políticos e não menos que patifaria, prevaricação, peculato, podridão, porcaria, prostituição dos ideais, promiscuidade, pilantragem, etc. criam siglas onde a inicial é oculta, camuflando assim a omissão.

Permeia os arredores a devassidão de uma politicagem indecente e fedorenta. Voltam os canalhocratas a dar tapinhas nas costas e enchem de esperança os famintos (de educação de cultura, de saúde), os descamisados e os alienados.

Ainda assim, a cada novo alvorecer reconstruímos nossas esperanças em dias melhores e a cada eleição renovamos nossa expectativa no fim da corrupção e insistimos em acreditar que alguém zelará pelo bem público.

Quanta insanidade, quanta mediocridade, inclusive nossa! Permitimos que a corja pise na própria merda e deixe rastros. Se todo Poder emana do Povo, somos nós quem mandamos, porque não enxergamos isso? Porque insistir em usar essa viseira?

O grito, já não menos retumbante que agonizante, ainda ecoa. Por hora, ouvido do Ipiranga, do São Francisco, do Doce, do Itapemirim, do Amazonas. Vem das gentes pobres que votam, que elegem canalhas e patifes para os açoitarem, como fizeram os senhores feudais do Século XXI.

Eles, os maus governantes, de seus suntuosos castelos, riem de nossas desgraças e a tudo assistem, enquanto se esbaldam ao sol da imunidade deste gigante.

Basta de fome, miséria, corrupção, desmatamento. Vençamos a pobreza, o preconceito, o racismo. Que seja agora a nossa vez. Brilhemos! Abaixo ao feudalismo, à nódoa deixada por mais de quinhentos anos por coronéis que ainda hoje chicoteiam. Proclamemos nossa independência, sejamos corajosos. Até quando nos refugiaremos em quilombos?

A dinastia secular é a mesma que mantém no palanque toda a gangue que, habituada a desfrutar o poder da impunidade continua a favorecer a bancada forte e por ela ser protegida. Entregue à sorte, o povo não salva (quando das eleições) a pátria tão amada, cantada em prosas e versos, apenas. Brasil - um sonho eterno!

Que nós nos libertemos. Não sejamos cobaias para péssimos administradores e legisladores. Não seja o nosso município a senzala vazia, úmida e fétida, mas também não seja a Casa Grande! Que se transforme um campo fértil para plantarmos e, principalmente, para colhermos.

Fenece-se a esperança ou se deixa expirar. O céu, não mais risonho, vê escurecer a sua antes venerada imagem, porque o coletivo atual se pronuncia num plural do seu derivado – cruzes, gente desgraçada, pobre, negra, sem voz e sem vez!

Os salteadores modernos usam gravatas, se corrompem, constroem um país obstruindo sonhos através de estratégias que cegam. Trapaceiam de forma tamanha que o eleitor não percebe a ausência da oposição.

Tem gente nova surgindo do povo, anseia por mudança. Também tem gente veterana que acredita e que merece nossa confiança. A hora é nossa. As eleições estão à porta, esperando nossa decisão nas urnas, mas... patifes de novo, NíO!.

    Fonte: O Autor
 
Por:  José Geraldo Oliveira (DRT-ES 4.121/07 - JP)    |      Imprimir