Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 07-06-2010

VENENO FATAL!
Vendo as not�cias desta �ltima quinta-feira 03/06 pus-me a refletir...
VENENO FATAL!

Luciana Maximo

� prof./jornalista e poeta

Vendo as not�cias desta �ltima quinta-feira 03/06 pus-me a refletir sobre a hist�ria da tartaruga e o escorpi�o. Engra�ado como as f�bulas que lemos as crian�as no servem para an�lise, se n�o as servissem n�o teriam sido escritas. Essa eu n�o conhecia, a hist�ria da dona Tarta - acabei chegando � conclus�o de que as ferroadas que levamos no dia-a-dia s�o de nossa inteira responsabilidade.

Aqui n�o estou a julgar ningu�m, at� porque levei muitas ferroadas nesta vida achando que estava sendo agrad�vel, boa amiga.

J� emprestei chaves de minha casa a amigos para fazerem de meu paiol motel e achava que era bacana. N�o imaginava naquela ocasi�o que estava levando ao meu espa�o maldi��es que certamente um dia se voltariam contra mim.

Foram in�meras festinhas regadas de excessos, com b�bados ca�dos em cantos diversos, depressivos, alegres mascarados e na ocasi�o achava tudo muito bacana... Emprestei cheques, utilizei meu nome em compra a terceiros em recompensa tive o nome registrado no SPC.

N�o que eu fosse uma dona Tarta ing�nua, nada disso, simplesmente achei que podia confiar, afinal de contas eram amigos.

Tive muita sorte, era para virado manchete de jornais com a pior not�cia para minha fam�lia l�, em algumas ferroadas que levei - uma delas quase fatal.

Confiar em quem? Levar para nossa casa quem ap�s uma festinha? Dividir espa�o, despesas, prazer, com quem? Lembro-me de ter levado uma suposta amiga para dormir em minha casa ap�s uma festa e depois percebi que haviam desaparecido R$400.00 que estavam reservados para o pagamento de contas mensais.

Quantas vezes, perdi a conta, achei que podia ajudar uma pessoa se a deixasse ficar por uns dias em minha casa at� acertar o rumo certo? At� trabalho de feiti�aria fizeram dentro da minha casa enquanto passavam dias l� em busca de rumo.

Ora ora, lembrei-me de uma ocasi�o que fui buscar na rodovi�ria uma amiga e depois, acabei me tornando v�tima de uma mal interpreta��o...

Mas enfim, pagar com a vida por uma dose de veneno fatal, talvez seja um pre�o alto demais hoje estipulado. Por�m, existem pessoas que est�o sentindo na pr�pria pele e ingerindo doses fatais de veneno que n�o deixa nenhum ant�doto.

Bem pouco tempo perdemos uma amiga, tra�da, enganada, envergonhada, n�o suportou a ferroada e se entregou.

A historinha da f�bula fala de uma tartaruga boazinha que presta um favor confiando no escorpi�o. Nesta prosa po�tica fico preocupada com o prefeito de Presidente Kennedy, t�o bom, t�o gente deixando escorpi�es pearem carona em seu casco.

Talvez as ferroadas que levamos � exatamente para nos ensinar que nem sempre existem ant�dotos para matar determinados venenos, � necess�rio se afastar desses insetos. Ent�o, quem sabe duvidar sempre e antes de qualquer gesto, observar se a sedu��o n�o � uma armadilha e se o poss�vel prazer, n�o vai lhe embrulhar numa caixa de madeira e te enterrar a sete palmos do ch�o. A morte pode tamb�m n�o ser f�sica, mas a pior: da alma que carrega dores para o resto da vida. A morte dos valores, da vontade de continuar a viver, cujo ferr�o ainda lhe lateja e fisga a veia numa noite fria de inverno em alguma capital secreta.

Como diz a f�bula "cada ser humano tem uma �ndole, uma propens�o natural, e ela n�o muda, manifesta-se em todas as circunst�ncias da vida, at� mesmo quando essa manifesta��o contraria o bom senso", cabe a n�s, somente n�s, entendermos que o escorpi�o existe e em algum instante haver� uma sedu��o e certamente somos presas f�ceis, principalmente se formos levados pela emo��o.

    Fonte: O Autora
 
Por:  Luciana Maximo    |      Imprimir