Categoria Politica  Noticia Atualizada em 21-09-2010

Fraudes em prefeituras e gabinete de Aparecida Denadai
Apura��es indicam rela��o entre fraudes em prefeituras e gabinete de Aparecida Denadai
Fraudes em prefeituras e gabinete de Aparecida Denadai
Foto: Ricardo Medeiros/Seculodiario.com.br

As investiga��es da Pol�cia Federal sobre as fraudes em licita��es e contratos com prefeituras do interior capixaba revelam a participa��o de pessoas ligadas � deputada estadual Aparecida Denadai (PDT). Nos autos do inqu�rito da "Opera��o Moeda de Troca", escutas telef�nicas indicam uma ampla movimenta��o dos membros da fam�lia Prud�ncio, inclusive alguns que estiveram lotados no gabinete da pedetista, em negocia��es de verbas p�blicas.

Apesar de a primeira fase das investiga��es ter descartado a rela��o entre as fraudes e a forma��o de caixa dois para a campanha da pedetista, os resultados das investiga��es mostram a proximidade entre a quadrilha flagrada em 11 contratos suspeitos � que somam mais de R$ 28 milh�es � e o gabinete de Aparecida. O esquema circula entre parentes diretos da chefe de Gabinete de Aparecida, Luciane Prud�ncio.

Na a��o da PF, o irm�o de Luciane, Aldo Martins Prud�ncio, dono da Impacto M�quinas, Equipamentos e Servi�os Ltda. foi considerado o "cabe�a da quadrilha". Aparecem ainda nas investiga��es o irm�o de Aldo (o prefeito afastado de Santa Leopoldina, Ronaldo Prud�ncio, do PDT) e Humberto Figueiredo, marido de Luciane e, consequentemente, cunhado do prefeito afastado. Um detalhe: Beto, como � tratado nos autos, saiu do gabinete de Aparecida para assumir o cargo de diretor da Impacto em Cachoeiro de Itapemirim.

Nas escutas telef�nicas anexadas aos autos, o assessor direto do prefeito afastado de Santa Leopoldina foi flagrado ao solicitar, em nome do chefe, o pagamento de contratos para repasses a Beto. No di�logo, o assessor explica que o prefeito pegou dinheiro emprestado com Humberto e precisava do dinheiro de contratos de aluguel assinadas exclusivamente para este fim.

Tanto que, na medida cautelar que decidiu pelo afastamento de Prud�ncio, o promotor do caso, Jefferson Valente Muniz, concluiu que o prefeito usou "dinheiro do munic�pio para aumentar seu patrim�nio (ou melhor, pagar suas d�vidas)". O trecho foi utilizado para dar elementos � Justi�a na decis�o que afastou o prefeito Ronaldo Prud�ncio:

Toninho (Ant�nio Jos� Depiante, dono de contrato de aluguel) est� falando de dentro da prefeitura e, em dado momento, pede para entrar no gabinete e continua a conversa.

Toninho: � o seguinte. O Ronaldo pediu dinheiro pro Beto e ele quer que voc�s acertem para mim passar esse dinheiro pro Beto. (...) tem que resolver. (Grifo do Minist�rio P�blico)

D�rio: N�o, eu dependo de Ramilson, Toninho... Ele quer o mesmo parecer o meu e o da Creuza igualzinho pra n�o dar problema.

Mesmo negando qualquer rela��o com a fam�lia Prud�ncio, a deputada Aparecida Denadai se recusa a admitir rela��o de sua chefe de Gabinete co0m o esquema de fraudes. Desde o ano de 2008, quando saiu derrotada na disputa pela prefeitura de Cariacica, a parlamentar utiliza a fam�lia Prud�ncio (do ex-prefeito do munic�pio Aldo Prud�ncio) como alavanca pol�tica. Al�m do esp�lio do prefeito em sua principal base eleitoral, a deputada ampliou seus dom�nios para Santa Leopoldina.

Aceitar que Luciane n�o tem liga��es com o esquema � o mesmo que admitir n�o haver di�logo entre ela e o marido, o Humberto, ou Beto, como aparece nas grava��es. Isso ou ent�o atestar que o marido esconde da mulher fatos relacionados ao seu trabalho � n�o fatos irrelevantes, mas fatos envolvendo dinheiro.

O resultado das investiga��es da PF tamb�m aponta a exist�ncia de expedientes semelhantes em Presidente Kennedy, coincid�ncia ou n�o, "nova" base eleitoral da deputada. No munic�pio do litoral sul do Estado, novamente membros da fam�lia Prud�ncio est�o relacionados a denuncias de superfaturamentos em contratos (tamb�m presente no inqu�rito da opera��o policial).

Al�m da rela��o com a empresa ligada ao cl� Prud�ncio, as duas prefeituras est�o envolvidas na contrata��o de shows com a empresa de um dos presos (Paulo C�sar Santana Andrade), a Associa��o Montanhas Capixabas � atrav�s de contratos forjados. Conforme narra a den�ncia, a empresa foi usada de fachada para dar "suposto aspecto de legalidade" �s contrata��es do carnaval de 2010 de Santa Leopoldina.

Fonte: S�culo Di�rio, Nerter Samora, Foto capa: Ricardo Medeiros


    Fonte: S�culo Di�rio
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir