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VIDA X MORTE: QUEM TEM O PODER DE DAR O FIM E O COMEÇO?
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quanto vale uma vida? ou quanto vale matar alguém?
Local: Alagoas – Maceió. Para quem não conhece a cidade, vou começar a descrevê-la, talvez não com a perfeição poética de Jorge de Lima, ou Graciliano Ramos, mas à minha maneira: carioca e cosmopolita de ser. Maceió, ao sobrevoá-la, parece que chegamos ao paraíso, Deus parece ter criado o mundo todo e aqui deixou toda a beleza que poderia existir na face da Terra. O mar lindo, que vem ao encontro das areias claras, rodeada de coqueiros imensos que deixam suas palmeiras a bailar pela brisa que corre com cheirinho de terra molhada. Quando se passeia por suas terras, vemos um povo alegre e sorridente, um povo que rima gente com quente, inocente, o céu é mais azul que noutros cantos, seus pássaros cantam alegremente, as frutas, são tantas e diferentes, meus Deus que terra linda, de gente contente, inteligente, sorridente, gente forte e guerreira. Mas agora eu escuto um grito de horror que de lá vem, nossa! Que grito é esse, de uma pessoa que nem nome tem, de onde vem, de onde vem? Estou apavorada, que uma linda e bela cidade pacata tenha de ver sua população de rua minguar de uma maneira tão cruel, eles não estão sumindo porque estão progredindo na vida, quem dera que assim fosse um dia, mas eles estão sumindo por conta de assassinatos cruéis, como por seus corpos não há quem os reclame, me achei na obrigação de usar deste meio para "berrar". Que país é esse? Como acabar com vidas desta forma, aliás de nenhuma forma é admissível. Já não bastasse ter que por conta da situação financeira viver como ratos, de canto em canto, enxotados da vida social, será que temos que martirizar desta maneira os menos favorecidos na vida? Que direito ou dever é esse que nos mantém calados enquanto atrocidades como estas acontecem em nosso meio, como nosso semelhante? Que frieza é essa que nos consome o coração e nos faz cegos? Que pretensão é essa... que faz com que "animais" descarreguem balas pela noite, aniquilando vidas que tão somente a Deus pertencem, ou para os incrédulos, a si mesmos e nada mais. E as cruzes, que triste! Sem nomes, sem datas, sem nada, sem alguém para chorar por elas. Eu choro! Eu choro por elas! Porque eu me incomodo com a violência gratuita, aquela a troco de nada, me incomodo com pessoas que ateiam fogo no índio que dorme na rua, que disparam no mendigo na esquina, eu me incomodo com os jovens mal-educados e crianças que se desenvolvem e crescem com todo o conforto e sem limites, transformando nossa sociedade num mundo sem dó, sem piedade, sem limites, sem disciplina. Gostaria de convocar a sociedade a não se calar por nada, vamos às ruas por motivos diversos, por bichinhos de estimação largados, porque não vamos às ruas pelos mendigos, pelos desfavorecidos da sociedade, será que valem menos que animais? Não que a luta deles seja menos importante, mas será prioritária? Vejo pela TV motins por conta da superlotação nos presídios. Acho que precisamos de mais presídios, precisamos também reformular a forma como tratamos nos presidiários. Como pode um presídio não ser auto-suficiente nos dias de hoje, não produzir absolutamente nada para se manter, sem oferecer cursos técnicos, o antigo curso Mobral deveria ressuscitar. Como manter um bando de pessoas num cárcere por um longo período sem oferecer alguma forma de mudar suas vidas ao Dalí saírem? Elas não produzem nada, vivem como animais, nada mudou. Nem vai mudar! Assim, penso eu que só DEUS tem o poder de dar a vida e retirá-la. Nós temos a obrigação de ensinar isso em casa: a fé, o amor ao próximo, o respeito, a compaixão, tudo isso visando uma sociedade melhor. Não vamos nunca erradicar a pobreza e a miséria no planeta, não pode haver um mundo só de ricos ou só de pobres, isso é pura demagogia, mas pode haver um mundo de paz, de amor fraternal entre as pessoas, um mundo de respeito e compaixão, isso é possível, Uma vida vale muito, imagine! Vale muito para DEUS, como pode não ter valor para você! Ou para mim?! Como pode? Lutamos tanto para viver, nos agarramos o quanto podemos para estarmos assim, vivos, isso diariamente, compramos livros de auto-ajuda, sofremos com alguém doente na família, sendo assim, porque achamos valor na vida. Matar alguém é um afronto a DEUS. Ele permite que morramos por conta do pecado no mundo, e só ELE nós dá o que queremos, a vida, a saúde... a salvação. Quem comete o crime, precisa repensar seus critérios existenciais, quem fica calado e não se pronuncia também é conivente, quem tem de cumprir a Lei e não a cumpre é co-culpado, quem tem de educar e não o faz, é omisso e criminoso social. Ficar de braços cruzados é muito fácil, culpar os políticos de tudo, também. Político emprega mal o dinheiro, nos rouba, nos faz falsas promessas, mas quem ensina o respeito em casa, somos nós, os pais; quem tem de dar carinho e afeição aos filhos, somos nós, os pais. Se uma pessoa pega numa arma e sai atirando na rua para matar não aprendeu isso em casa, mas teve um pai, ninguém nasce de chocadeira. Sem querer polemizar essa triste situação, claro que não estou aqui para evangelização, é muito mais uma questão de conscientização, um chamado de alerta, Cada um avalie-se e faça sua parte... não dá mais para viver este - "afasta de mim e se cale-se"! Fonte: Redação Maratimba.com
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| Por: Olivia Barros Miranda | Imprimir |
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