Trabalhadores estavam incomunicáveis em mina desde dia 19. Agora, país em luto tenta recuperar os corpos dos operários.
Foto: g1.globo.com As autoridades da Nova Zelândia confirmaram nesta quarta-feira (24) a morte dos 29 mineradores presos em uma mina desde sexta-feira (19), depois de uma segunda explosão de gás metano na galeria onde o grupo estava.
"Não houve sobreviventes após uma nova grande explosão", anunciou o responsável policial das equipes de resgate, Gary Knowles.
Após a divulgação da notícia, dezenas de famílias abandonaram a sala de imprensa visivelmente emocionadas. Alguns familiares dos trabalhadores tentaram agredir policiais por não terem descido ao poço para salvar seus parentes, segundo testemunhas.
Durante a manhã, foi perfurado um pequeno túnel até a galeria, mas os especialistas constataram no ar analisado um teor excessivo de monóxido de carbono e gás metano, além de oxigênio insuficiente.
Os trabalhos de resgate se viram prejudicados desde o primeiro momento pela reticência das autoridades em permitir que as equipes de resgate descessem à mina, pelo risco de gás tóxico, o que frustrou as famílias. Fracassou também a tentativa de que um robô articulado mostrasse o caminho aos socorristas.
Recuperação dos corpos
Agora, a operação de salvamento passou à fase de recuperação dos 29 corpos dos trabalhadores, com idades entre 17 e 62 anos.
O chefe-executivo da Pike River Coal, Peter Whittalli, disse que a mina ainda não está segura para qualquer tentativa de retirar os corpos dos mineiros.
Knowles disse que a explosão ocorreu às 14h37 do horário local (1h37 de Brasília). "No instante da explosão eu estava perto da entrada da mina, e o barulho foi impressionante, tão potente quanto a primeira", afirmou.
Fonte: g1.globo.com
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