Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 09-02-2011

A POETISA E O FUZILEIRO NAVAL
A boca nua, cor, Abraçava lábios Até perder-se na sua...
A POETISA E O FUZILEIRO NAVAL

Na noite quente de um dezembro qualquer, ouve-se um choro de criança, anunciado no deserto, entre pios assustadores de animais perdidos na noite a chegada, entre tantos, de um choro pequeno e sensual... Veio poeta. A mata virgem se mexe ao ritmo frenético da ventania. É mais uma alma ao universo.

Audaciosa, guerreira. Ascendente de um povo cigano, sim, essa mistura de sangue italiano, castanholas, tecidos sedosos e vermelhos, jogo de sedução, jogo de cartas, sorte nas mãos. Pequenos truques do amor. Essa garra de Iansã. Essa pequenez sortida, contida, extravasada, que acelera preceitos condicionados fortalece a ríspida ansiedade integrada a alma que sobrevirá às avessas de todo propósito. Todo real. Viva! Toda insanidade transversal. Alma em recomposição dos húmus da terra. Que terra maldita! Terra avista! Santa! Sobrevive década alucinada e poética. Resiste ao submundo hipócrita e, vencera os temores, as injustiças sociais.

O artista possui dentro de si uma alma simples e sonhadora, desprovida de alcançar bens materiais, a riqueza é a sua áurea, a "Essência" de protagonizar vidas, escrever e vivenciar metáforas. E, nos aprendizados de sandices, entre pigmentações de versos inacabados, ditas palavras em comando que compõem vidas e sonhos; compõem gestos e amores. Faz o homem, mulher, poesia e missões... Sonhos e manuscritos. Escritos que ate Deus duvida. Ao homem causa nojo e inveja.

Quer aproveitar!Mas não conhece as regras, não sabe ditar palavras que a noite comanda dos lençóis sujos do amor irracional. Sim, experimenta! Ouse desfrute, conhecer os limites de cada curva do poeta, cada carne, cada detalhe indecente. Recompensas. Descobrirá os segredos da poesia!Venha se joga!Na lama, na cama, nas sandices, nas peraltices de pernas nuas, soltas. Fêmeas e machos, entrelaçados.

Nasce à amante, das folhas brancas, da poesia, composições do vicio de escrever. Insana e poetisa. Alma cigana, trans-louca, vivente em transmutações consigo mesma, uma sobrevivência dependente de constantes mudanças em simbólicas representações de um povo em suas tendas, barracas e, em seus carrosséis, cavalos formosos escalando estradas, alcançando cidades e países, descobrindo valores e vidas diferentes.

Almas! A astúcia da cigana revela-se em seqüências de poesia e rabiscos, nascidos no deserto de mata virgem de um dezembro qualquer. Movida como roda de água pelas escritas, num emaranhado de luxúrias e sensualidades provocantes, desvendando a mulher vulnerável. Domadora. Perspicaz. E às vezes sensível a caçar dentro si o revelar de mistérios e fugas em busca do utópico numa escalada despida de preconceitos, ou, nas vestes que cobre a nudez demoniacamente ultrajada pelas cobiças, carnívoros, sim homens que comem destes apetitosos recheios de poesia com resto de noite no copo de botequim com cheiro de bordel. Esculacha. Crer, renasce, soluça, é fêmea, é mãe, é um menino com fome de pão em pleno século XXI.

Assim são os poetas!Ou a anormalidade de vidas passadas, um decolar no planeta expiatório. Viver em si já e um fato místico. Reencarnação. Descobertas.
Pessoas. Oh! Fernando Pessoas, ou a Clarice, podem ser a Lispector, tantos quantos. Das vontades de gritar um poema sujo, de urrar um nome feio, debochado, que te condene a eternidade dos ilícitos. Tal qual reina as pessoas integrantes dos poderes mafiosos. Públicos. Ou a simplicidade da poesia.

Optamos sempre pela poesia. Impensantes, errantes, desvairadas, doidivanas, manchadas, aclamadas. De tintas vermelhas, sangue de bordel, vícios da cachaça em versos de mel, tal qual o leite derramado na cara pálida. Pudica. A cabeça ao sexo pulsante. Oh!Tinta borrada pelas águas dos olhos que caem na solidão covarde, escreve a própria vida errante em versos polidos, em linha alinhavada, linha pós linha. Poesia de carne, vermelha, tal qual o desfecho desta cômica tragédia de amor. Vermelho e verde!Camuflados! Mimetização e a paixão!

A poetisa e cena às avessas, contraditórias. Versões em submissões à paixão, que constrói um corpo e um sexo que se desfaz puritana na cama de dama, fluindo a ninfeta de unhas longas cravando na pele máscula, feito onça braba, invadindo na dama, a mulher que doma e dorme na carne do homem amante, lambuzando de águas do sexo matando a sede insaciável da entranha da fêmea que quer explodir de gozo e matar de prazer o sexo oposto, cobiçado aos seus lençóis mornos e sujos de amor...

Poetisa e cena às avessas, versões em submissões à paixão, que constrói um corpo e um sexo que se desfaz puritana na cama de dama, fluindo a ninfeta de unhas longas cravando na pele máscula, feito onça braba, invadindo na dama, a mulher que doma e dorme na carne do homem amante, lambuzando de águas do sexo matando a sede insaciável da entranha da fêmea que quer explodir de gozo e matar de prazer o sexo oposto, cobiçado aos seus lençóis mornos e sujos de amor...
Saliente essa poetisa!

Descreve o amor simbólico, um homem despido e desprovido e, seu membro sempre ereto e uma cama quente, nascida em labaredas de fogo carnal, cheirando a cio e suor latejante entre pelos e em aberturas de carnes molhadas, aliviando os membros, despejando a seiva nos lençóis suados e amassados e, depois no silêncio ouve-se um uivo de lobo capturado pelas mãos vadias da poetisa. Uma boca carnuda que abocanha volúpia e gulosa a carne dura masculina, que necessita de ousadas caricias e apegos sensuais, tirando a timidez, rompendo o cabaço e invadindo todos os membros rígidos.

Possuído por um momento selvagem feito um cavalo de pura raça, entregue a sua caçadora de amores e galopes no corpo fêmeo como uma caneta que escreve a tinta vermelha; a poesia! Poetizando versos em plena luz do sol, despida crua, na pele do homem travado para o amor em seu habitar de preconceito, entre quatro paredes da sua carne rígida. Poetas Prevalecem de todas as insanidades mentais. Descobrindo o valor intenso dos seres que se jogam nos prazeres profanos derramando sem fôlegos sobre os lençóis vermelhos impregnados de amor e selvagerias.

Doidos, acurralados, em galopes do amor feroz, ouve-se o lamento da boca suspirando... Entram puritanos, sem falsos pudores em recesso ao calor de uma cama difamada. Sim, e a poetisa, insana despudorada, aflorando e despertando o Fuzileiro...
...O Fuzileiro! Um membro ereto posta em labaredas quentíssimas aquecendo o assanhamento da poetisa, que dançou na dança dos amantes com exclusividade e liberdade. O beijo no lábio do colo do útero, que comprimi pela entrada da verga espessa gotejante do prazer atrelado sobre as ancas como se fossem adentrar ao cálice de vinho tinto. O vinho tem sabor aventureiro. Tem aspecto de amantes.

Nesse percurso de instante a vara impiedosa faz o penetrar literário com suspiros e gritos de endoidecer nas variadas posições, em espasmos violentos utópicos de penetrações sucessíveis. O membro entra em viagem no monte de Vênus e a pérola rosada entreaberta espera a seiva do amor, cair em gotas grossas como um jato de leite morno, derramando amor... Derramarão... Solveu.

A poetisa quer esse amor literário, sim, sem parar... E felina e amante, vive em sonhos de posse do desejo como se toma um cálice de vinho do porto. Ou o suor do trabalhador incansável. Petisca o querer, em sentir a saliva nutrir a boca e o liquido envolver a entranha latente, e os envolver em evidências, enchendo as mãos ao terminar orgulhosamente e triunfante com a simbiose extática da sensação absoluta da plenitude... Os seios fartos saciados.

Estará perdido em noites compridas sem principio nem fim, viver a eternidade dentro de um concerto telúrico de um músico com um fascínio indecente. Querer que essa paixão permitisse ver o universo, os seres humanos com desejos e todas as experiências. Todas suas doidices. Lambuzarias, extra virginais, casuais...
Irão viajar e, fazer amor entre as dunas da areia na praia de Marataizes. As tantas praias de Marataizes,pode ser a da Cruz,da Areia Preta,Central ou a do Pontal,que tal?Irão aprender, mesmo que pela linguagem profana e inadequada, a indecência que assanha as carnes e, nesse fascinar de "coisas" profanas, perderem o juízo e o caráter comum necessário da rotina. As razões, que razoes?O mundo é cor de sangue vivo de paixão, ou ate mesmo a cor verde camuflada, sim, essa historia tem as cores do Fuzileiro Naval em plena invernada de Marataizes. Da -se – á o encontro de um Fuzileiro Naval guerreiro, invencível á poetisa simples, vestida na pele de animal. As restingas quase extintas amassadas cúmplices, todas das praias, envolvidas nesse amor da cor vermelha sensual ao verde disfarçado, hei parai... Camuflado.

Poetisa!Arrancastes com os dentes caninos, felinos as vestes disfarçadas, hei, do soldado, em posse de fantasia ousada. E, com gestos indecentes, despiu o guerreiro de sua farda camuflada... Ali em plena praia da cruz! Fez-se o homem!Sim... Sim, este ali, perdera esta guerra!

Sim, as vestes confusas em meio às restingas. Estão todos camuflados. Natureza e soldado, ou quem sabe o homem em seu completo desajuízo carnal.
Uma incógnita.

Texto Extraído da Obra: Fuzileiros Navais suas Missões e Amores em Marataízes.


Fonte: Fuzileiros Navais suas Missões e Amores em Marataízes
 
Por:  Bárbara Pérez    |      Imprimir