Categoria está em greve desde 27 de setembro.
Sindicalistas reclamam de "silêncio" da Fenaban.
Foto: www.g1.com Representantes dos bancários, em greve desde 27 de setembro, estão reunidos nesta terça-feira (11) em São Paulo para avaliar os rumos da paralisação. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o objetivo é "ampliar ainda mais o movimento, diante do silêncio da Fenaban em retomar as negociações e apresentar uma proposta decente para a categoria".
A Federação Nacional de Bancos (Fenaban), por sua vez, informou que fez "duas propostas completas visando acordo com os bancários e colocou-se à disposição do movimento sindical para tratar de eventuais acertos que fossem necessários".
Na segunda-feira, os bancários paralisaram 9.090 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço da Contraf-CUT. O número equivale a 45,28% das 20.073 agências existentes no país.
De acordo com a Contraf, a atual paralisação, que já é a maior da categoria nos últimos 20 anos em termos de adesão, caminha para se tornar também a mais longa. A paralisação do ano passado durou 15 dias. A deste ano completa 14 dias nesta segunda.
Carlos Cordeiro, presidente da entidade e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, afirma, em nota, que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não respondeu à carta enviada pela Contraf na última terça-feira (5), solicitando a retomada das negociações. "Enquanto seguimos reafirmando nossa disposição para o diálogo, os bancos e o governo enrolam e tentam confundir os bancários e a sociedade. A tática deles não vai funcionar."
O Comando Nacional se reúne nesta terça-feira (11), a partir das 10 horas, em São Paulo, "para avaliar a greve e ampliar ainda mais o movimento".
Reivindicações
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representa aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação da categoria é de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Os bancários pedem, ainda, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
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