Categoria Esportes  Noticia Atualizada em 07-12-2011

Clínio: Bom de bola
(...) voltou para Caxias e de lá foi treinar no Botafogo. Naquela época a Desportiva estava atrás dele para compor o elenco
Clínio: Bom de bola
Foto: Roney Moraes

Clínio Poubel, 63 anos. Natural de Mimoso do Sul. Começou a carreira na escolinha de futebol do Ipiranga de Mimoso, aos oito anos de idade. Depois se mudou com os pais, José Vieira de Matos e Amélia Pubel de Matos, e mais sete irmãos, sendo um menino e seis meninas, para Cachoeiro de Itapemirim em 1963.

Em Cachoeiro passou a jogar na escolinha do Estrela do Norte F.C., onde foi campeão regional. Daí foi para a seleção infantil do município. Clínio era um exímio meio campista. Jogava tanto pelo lado direito quanto pelo esquerdo.

Da seleção, em 1964, já no juvenil, Clínio foi convidado para jogar no Ouro Branco. "Lá o técnico Paulo Ceguinho era uma pessoa séria e conhecedora do bom futebol. Também tinha José Lopes, um dos dirigentes do Ouro Branco que entendia de bola", comentou.
Na época, o saudoso João Santos ofereceu pagar o colégio na Escola Técnica de Comércio para que Clínio ficasse na equipe. Em Cachoeiro, o time era imbatível derrotando os adversários e sagrando-se campeão municipal em 64. "Vencemos de forma invicta todos os outros times", disse.

Clínio Poubel foi a revelação do campeonato em 1964 recebendo o troféu na Rádio Cachoeiro. Após a passagem vitoriosa por Cachoeiro. Ele e sua família mudou-se para Caxias no Rio de Janeiro. Lá, jogando em equipes de várzea, João Santos mandou José Lopes buscá-lo para a disputa entre o melhor sobre quatro pontos novamente em Cachoeiro de Itapemirim. Disputaram o torneio em 1965 as equipes do Ouro Branco, Cachoeiro Furtebol Clube e Leopoldina.

Clínio veio para Cachoeiro e ficou escondido do restante do elenco na casa do dirigente do Ouro Branco, José Lopes, sendo apresentado com festa na hora da primeira partida contra o Leopoldina. "Aquilo foi demais", exclama Poubel em suas lembranças. A partida ficou de 2 a 0 para o Ouro Branco com um gol de Clínio e outro de Jerônimo.

Após vencer o campeonato, onde o juvenil do Ouro Branco foi bi-campeão municipal invicto, aconteceu uma grande festa no Restaurante Belas Artes, no centro de Cachoeiro. No ano seguinte, novamente, Clínio foi convocado para em 1966 ser tri-campeão invicto também pelo Ouro Branco. "Era um timaço".

"A última partida foi no Baiminas no campo do Cachoeiro. A partida estava empatada até o fim do segundo tempo, quando Nélio, que estava fora, entrou e fez o gol da vitória com minha assistência num lançamento de canhota no pé dele. Aí foi só fazer", disse.

Juvenil e profissional
Clínio voltou para Caxias e de lá foi treinar no Botafogo. Naquela época a Desportiva estava atrás dele para compor o elenco, que de pronto aceitou voltar ao Espírito Santo e se apresentar a equipe. Clínio jogou na Desportiva no juvenil e profissional.

Em 1967 Clínio, no profissional, sagrou-se campeão do Torneio Início pela Desportiva. Como ainda tinha idade e o meia armador do juvenil havia vindo do flamengo e não tinha se adaptado ao esquema tático, a comissão técnica achou melhor colocar Clínio novamente no juvenil nesta posição, pois ele ainda estava na idade. Não deu outra, ganhou a posição e a Desportiva Ferroviária foi campeã regional invicta em 1968.

"O Rio Branco dizia na imprensa que jamais seríamos campeões tendo que passar por eles. Mas, nós já tínhamos vencido antecipadamente o torneio e ainda ganhamos o rival por 5 a 0 em Jucutuquara. Na casa deles", lembrou.





    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Roney Moraes    |      Imprimir