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Após salvar criança de pit bull em MS, vira-lata fica agressivo, diz dona
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Vira-lata Fofinho foi arrastado por pit bull após salvar criança de três anos. Dona do animal diz que agora ele é acorrentado para evitar incidentes.
Foto: g1.globo.com O vira-lata Fofinho que salvou uma criança de três anos do ataque de um cão da raça pit bull em Campo Grande, no ano passado, mudou de comportamento após o incidente, segundo a proprietária do animal, a dona de casa Kênia Suelen. O mascote, que costumava ser alegre, tem se tornado agressivo. "E ele era um cão tranquilo", disse Kênia.
Fofinho virou notícia no dia 5 de outubro do ano passado. Um pit bull invadiu a casa de Kênia e avançou em direção a criança, que estava na sala. O vira-lata viu a aproximação e foi em direção ao outro animal.
O pit bull abocanhou o vira-lata pelas costas. No momento do ataque, a mãe da criança ficou desesperada e tentou atirar objetos, como pedras, pedaços de pau e até um banco de madeira, para salvar o bicho de estimação. Fofinho foi arrastado pela rua por cerca de dez minutos e foi solto depois que o pit bull foi atropelado.
Os donos do cachorro que havia provocado a confusão levaram Fofinho à clínica veterinária e arcaram com os custos.
Um mês depois do ataque, Kênia começou a perceber as mudanças no comportamento do vira-lata. "Agora ele late por qualquer coisa, tenta acuar as pessoas na rua e, principalmente, quem tenta se aproximar da minha filha", disse. Por causa da agressividade do animal, a dona de casa optou por deixá-lo na coleira, amarrado. "Antes ele vivia solto, agora tenho medo que ele ataque alguém", conta. "Fico com dó, ele não tem casinha, mas não tem jeito".
Segundo o adestrador de cães Clayton de Almeida, todo os cachorros tem, instintivamente, um comportamento agressivo. Almeida diz que isso é consequência das origens do cão doméstico, que descende dos lobos. Este instinto primitivo, de acordo com o adestrador, é despertado quando o animal sofre algum trauma ou é criado de forma agressiva.
O adestrador avalia que, mesmo sendo um cão adulto, com três anos, é possível reverter a situação. "É provável que ele não fique exatamente como era antes do ataque, mas é possível melhorar bastante", disse Almeida.
Fonte: g1.globo.com
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Por:
Maratimba.com |
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