Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 06-04-2012

Anchieta lança programa de monitoramento inteligente da dengue
Município tem índice de infestação abaixo de 1, nível considerado livre da propagação do virus
Anchieta lança programa de monitoramento inteligente da dengue
Foto: zpop.com.br

Vai ser no próximo dia 9 de abril, às 9h, no auditório do CRAS(Centro de Referência de Assistência Social) o lançamento do programa de monitoramento inteligente da dengue. O serviço é prestado pela empresa Ecovec S. A., detentora dos direitos do inovador sistema no Brasil. A licitação foi concluída e o contrato foi assinado pelo prefeito Edival Petri.

O monitoramento inteligente é considerado o mais moderno e confiável sistema de combate ao aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. O sistema utiliza armadilhas que capturam a fêmea adulta do vetor e permite a identificação imediata a cada vistoria realizada. As informações coletadas criam mapas dinâmicos georreferenciados que indicam áreas de risco com concentração de mosquitos. O sistema já está presente em mais de 40 municípios brasileiros com mais de 12 mil armadilhas implantadas.

Como funciona

As armadilhas são distribuídas e instaladas em pontos estratégicos do município. Cada armadilha é georreferenciada via GPS e vistoriada semanalmente por agentes de campo equipados com celulares. As informações são transmitidas para uma central, onde os dados são processados imediatamente, gerando mapas de infestação, tabelas e índices entomológicos. Estes dados são disponibilizados na internet e podem ser consultados em tempo real. O município recebe uma senha para acessar a página de gestão do sistema. Ou seja, após a vistoria da armadilha, o nível de infestação e mapas são atualizados em tempo real e podem ser acompanhados pela internet.

Os mapas identificam automaticamente as regiões geográficas de acordo com o grau de infestação. O resultado é semanal com informações precisas da presença e da quantidade do aedes aegypti por quadra, rua, bairro ou região do município. De posse desses dados, a Secretaria de Saúde envia os agentes de endemias para que seja feita uma varredura de possíveis criadouros no raio de 300 metros das armadilhas onde foram encontradas larvas, ovos ou mosquitos adultos. O trabalho se torna muito mais ágil, eficiente e com custos menores, já que não há dispêndio de recursos para o combate do mosquito da dengue, a não ser nos locais onde a infestação foi efetivamente detectada. Ali será concentrada a ação não só de busca de criadouros, mas também de mutirões de limpeza e alertas aos moradores para que promovam a limpeza de seus quintais e terrenos baldios.

Sob controle

A dengue está sendo mantida sob rigoroso controle em Anchieta. Nos dois primeiros meses de 2012, em pleno verão e considerado "período epidêmico", foram notificados 25 casos suspeitos, e apenas dois casos confirmados. O índice de infestação ficou abaixo de 1, o que, do ponto de vista das autoridades sanitárias o território é considerado livre da propagação do vírus.

A Vigilância Ambiental de Anchieta dispõe de 31 agentes de endemias. É principalmente a partir desses agentes que o território é constantemente vigiado, com a colaboração das Estratégias Saúde da Família e dos agentes comunitários de saúde. "A parceria da Vigilância Ambiental com as Estratégias Saúde da Família é importante, porque amplia a vigilância e o controle do território", diz Gabriel Pitanga, biólogo da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde.

O biólogo alerta que os bons índices apresentados pelo município no controle da dengue não deve ser motivo para relaxar na vigilância. "Pelo contrário, o êxito do nosso município em afastar o perigo da dengue só reforça a necessidade de se manter e se possível ampliar as recomendações de cuidados, principalmente nos domicílios e nos terrenos baldios", diz Gabriel. O prefeito Edival Petri, em seu programa semanal de rádio, tem insistentemente mencionado o fato de que a dengue é uma doença domiciliar, que se instala principalmente a partir de lixo acumulado nos quintais e em terrenos baldios. É portanto nos domicílios que os cuidados precisam ser redobrados.

"Se os moradores não mantiverem seus quintais limpos e livres de objetos que acumulam água, de nada valeriam os gastos da municipalidade no trabalho dos agentes de endemias, ou mesmo com o novíssimo sistema de monitoramento inteligente. Nossos principais aliados no combate à dengue são os cidadãos anchietenses", conclui Gabriel.

    Fonte: Assessoria de Comunicação PMA
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir