Prisão aconteceu em hotel nos Jardins, área nobre da capital paulista.
Dupla alegava transformar papéis negros em notas de dólar com químicos.
Foto: Divulgação/Deic Dois africanos foram presos em um hotel na região dos Jardins, em São Paulo, na tarde desta terça-feira (14) sob a suspeita de aplicar golpes financeiros e falsificar dinheiro. De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil, durante a abordagem, um policial disfarçado foi dopado pelos estrangeiros.
Segundo o Deic, um angolano de 32 anos e um camaronês de 32 anos eram os responsáveis pelo golpe, conhecido como "dólar negro". O angolano afirmava ser herdeiro de um líder da Costa do Marfim, assassinado durante um levante. Por isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) teria lhe dado um espólio de milhões de dólares para ajudar na democratização do país. Para evitar a ação de criminosos, o angolano afirmava que as notas receberam um tratamento químico, deixando-as negras.
No golpe montado pela dupla, um dólar era trocado por um real. Os africanos afirmavam que aplicavam uma substância química nas notas para que elas recuperassem a aparência normal. Um empresário investiu R$ 160 mil para fazer a troca e aguardava o dinheiro desde abril. Os golpistas passaram a alegar dificuldades em obter o líquido responsável pela transformação.
Segundo a assessoria de imprensa do Deic, a polícia recebeu informações do golpe e um investigador apresentou-se aos africanos como irmão do empresário. Ele afirmou estar disposto a pagar R$ 25 mil, mas apenas se pudesse acompanhar o processo de transformação das notas.
O policial foi ao hotel encontrar os africanos, mas no elevador do estabelecimento percebeu que tinha sido dopado. Ele reagiu e conseguiu dominar os golpistas, que foram autuados por tráfico de drogas e estelionato. A polícia suspeita que as vítimas dos golpes eram dopadas para acreditarem na transformação dos papéis negros em dólares.
Fonte: g1.globo.com
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