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Texto não agradará quem se preocupa com clima, diz diretor do Pnuma
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Achim Steiner não comentou futuro do Pnuma, negociado na Rio+20.
Segundo ele, texto ainda é debatido pelos governantes
Foto: clicapiaui.com O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o brasileiro naturalizado alemão Achim Steiner, disse na manhã desta quinta-feira (21), que o documento final da Rio+20 não deverá agradar aos cientistas e "aqueles preocupados com a mudança climática" e se esquivou ao responder sobre o futuro do Pnuma alegando que ainda há negociações entre os países.
Segundo ele, ficou visível que os governos decidiram dar um passo significativo para fortalecer e melhorar a plataforma da ONU para o meio ambiente, 40 anos depois de sua criação (ocorrida durante a conferência de Estocolmo, na Suécia, em 1972).
"Posso dar as boas vindas a isso. Mas ainda não posso fazer comentários sobre algo que ainda está no centro das discussões", explicou Steiner.
O rascunho do texto final, que ainda deverá ser aprovado pelos chefes de Estado nesta sexta-feira (22), fortalece o Pnuma, mas não especifica exatamente como. O assunto deverá ser debatido na Assembleia Geral da ONU em setembro.
Preocupação global
Ele disse que a agenda ambiental de 2012 é compartilhada por todos os países do planeta e que no Rio foi possível verificar um "sinal claro e forte que as nações têm interesse na governança ambiental".
Sobre as críticas feitas por chefes de Estado e ONGs de que o documento final da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável é fraco, Steiner afirmou que o mundo veio ao Rio de Janeiro "buscando progresso significativo para a agenda dos oceanos".
Segundo ele, o texto trata de questões importantes relacionadas à biodiversidade. "Há uma ação muito maior do que anteriormente na história. Mas basta um país para impedir outros 190 e tantos. (...) Essa é a realidade do multilateralismo".
Críticas
As ONGs reunidas no Rio criaram uma petição, já assinada por mais de mil pessoas, dizendo que recusam o texto atual do documento e pedindo que "as palavras em concordância com a sociedade civil sejam removidas", como informou Wael Hmaidan, da organização ambiental Climate Action, durante a plenária realizada nesta quarta-feira (20), com a presença da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Fonte: g1.globo.com
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Por:
Caroline Costa |
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