Apesar do clima acirrado entre situação e oposição, o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI, garantiu que não deixará a comissão ser usada para alimentar o caso nem cederá a pressões.
Foto: www.expressomt.com.br — Não vamos incluir ou excluir nada que faça parte do eixo essencial do nosso relatório.
Sua decisão sobre os votos em separado também será apresentada amanhã.
O relatório deveria ter sido apreciado semana passada, mas, com cinco votos em separado e requerimentos para novas investigações, houve adiamento.
Cunha excluiu do texto dois capítulos e retirou o pedido de indiciamento do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e de vários jornalistas, entre eles o chefe da sucursal de Brasília da revista Veja, Policarpo Júnior.
Cinco partidos (PSDB, PMDB, DEM, PSOL e PPS) apresentaram votos alternativos ao do relator.
A maioria reivindica o aprofundamento das investigações em torno da empreiteira Delta, acusada de atuar em parceria com o contraventor Carlos Cachoeira.
A oposição também pede mais apurações sobre as empresas apontadas como fantasmas, que ajudariam a lavar dinheiro ilícito do esquema.
Os tucanos querem, ainda, a inclusão do empresário Fernando Cavendish, da Delta, do ex-diretor da empreiteira Carlos Roberto Duque Pacheco, do ex-chefe do Dnit Luiz Antonio Pagot e até do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na lista dos indiciados.
Cunha admitiu que o nó que impede a aprovação do relatório tal como se encontra está atado porque não houve articulação suficiente em torno das cinco mil páginas apresentadas por ele.
— Havendo decisão política, o tempo é o menos importante.
Fonte: r7.com
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