Um tribunal saudita condenou neste sábado a 10 e 11 anos de prisão respectivamente os ativistas Mohammed Qahtani e a Abdullah al Hamed, fundadores da associação de direitos civis e políticos Hasm.
Segundo o site desta ONG, Qahtani foi sentenciado a dez anos de prisão e Hamed a cinco, mas a este lhe acrescentaram outros seis anos que faltava cumprir quando o rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, o indultou em 2004 por uma condenação anterior.
O juiz ordenou a detenção imediata de ambos por considerá-los culpados de diferentes delitos, entre eles os de formar uma associação sem permissão, transmitir informações falsas sobre o país a organismos de direitos humanos da ONU, e encorajar às organizações internacionais a criticar a Arábia Saudita.
A sentença, que é recorrível, inclui a proibição de viajar para fora do país durante um período de tempo equivalente à pena de prisão, uma vez tenham saído da prisão.
Além disso, o tribunal decretou a dissolução da associação e o fechamento de seu site e de suas contas nas redes sociais Twitter e Facebook.
Ativistas presentes no julgamento assinalaram que cerca de 150 pessoas se apresentaram para solidarizar-se com os acusados, no meio de um estreito cerco policial.
Esta associação é uma ONG fundada em 2009 por 11 ativistas de direitos humanos e acadêmicos, e, segundo sua declaração de fundação, tem o objetivo de conscientizar sobre os direitos humanos.
A ONG pediu ao rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, em carta aberta publicada em 2009 a formação de um Parlamento eleito democraticamente com prerrogativas para pedir contas às autoridades no ultraconservador reino wahhabista.
Fonte: noticias.terra.com.br
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