Legenda alega que prefeito cometeu "grave ato de indisciplina partidária"
Foto: suzanoeestreladalva.blogspot.com
O prefeito de Dourados, Ari Artuzi, preso na semana passada dentro da operação Uragano, que desmantelou um esquema de fraudes em licitações e corrupção, não faz mais parte do PDT. A Executiva Estadual foi unânime pela expulsão de Artuzi.
O partido também dissolveu o Diretório Municipal de Dourados e nomeou uma comissão provisória para reorganizar o partido na cidade.
De acordo com o diretório estadual do PDT, três questões pesaram na decisão da executiva: o fato de que Ari Artuzi é réu em processo crime com denúncia recebida pelo Tribunal de Justiça; as novas evidências de corrupção divulgadas nos últimos dias pela imprensa de todo o País e, por último, o grave ato de indisciplina partidária.
Operação Uragano
A Polícia Federal concluiu o inquérito nesta quarta-feira (8) e indiciou 60 pessoas, entre eles Aurélio Bonatto, por crimes relacionados ao exercício ilegal de atividade financeira, agiotagem, crimes contra a ordem econômica e o sistema financeiro, fraude à licitação e corrupção.
Entre os presos estão o prefeito de Dourados, Ari Valdeci Artuzi, a primeira-dama Maria Artuzi, vice-prefeito Carlinhos Cantor e o presidente da Câmara de Vereadores, Sidlei Alves.
A principal denúncia é o desvio de R$ 100 mil, que seriam destinados ao Hospital Evangélico de Dourados. Desse montante, R$ 9 mil teriam servido para pagar uma cirurgia estética da primeira-dama Maria Artuzi. As denúncias foram feitas pelo secretário de governo, Eleandro Passaia.
O prefeito interino de Dourados é o juiz Eduardo Machado Rocha, diretor do Fórum, devido a uma medida cautelar do Ministério Público Estadual (MPE), que foi aceita pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS). Ele determinou no primeiro dia em que assumiu, uma auditoria em todas as secretarias municipais.
Nesta quinta-feira (9), vereador Aurélio Bonatto (PDT), um dos indiciados pela PF de participar do esquema, e que conseguiu a liberdade junto com outros 5 vereadores devido a um habeas corpus, tentou abrir a sessão da Câmara Municipal e levou uma sapatada de um manifestante. A sessão foi transferida para segunda-feira (13).
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