Os dois acusados pelo assassinato da primeira-dama de Lagoa do Sítio, Gercineide Monteiro, foram apresentados na manhã desta quarta-feira (11) na Delegacia Geral, em Teresina. O prefeito Zé Simão e a empregada da casa, Noêmia Maria da Silva Barros, que se
Foto: portalodia.com O prefeito, que segundo o futuro secretário de segurança, Fábio Abreu, havia confessado o crime, dessa vez negou as acusações e chegou a culpar a empregada doméstica. "Eu não matei ninguém. Quem matou já está preso", disse Zé Simão.
No entanto, a polícia não tem dúvidas sobre a participação de cada um dos acusados no crime. Segundo o delegado Willame, a motivação teria sido ciúmes. "O marido, mesmo tendo o caso extraconjugal, era controlador e bastante ciumento", disse o delegado.
Fotos: Marcela Pachêco/O Dia
Gercineide morreu dormindo. De acordo com as investigações, o prefeito usou um lençol para abafar o som do tiro. A bala ficou alojada no ouvido da vítima. "A participação da empregada foi dar cobertura do lado de fora da casa e depois esconder a arma no forro do teto", conta o delegado Willame. De acordo com ele, Noêmia também é casada e tem dois filhos.
Os dois serão indiciados por homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. Como não houve chance de defesa, o crime ganha uma qualificação que pode aumentar a pena dos acusados.
Após prestarem depoimento, o Zé Simão e Noêmia fazem exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Ela irá para a penitenciária feminina e ele para uma unidade prisional que não foi definida. Por ter foro privilegiado, o prefeito será julgado pelo Tribunal de Justiça.
"Foi homicídio doloso, quando há intenção de matar, crime hediondo, por motivo fútil e duplamente qualificado", explica o delegado geral Riedel Batista. Zé Simão e Noêmia podem pegar de até 30 anos de reclusão.
Por: Nayara Felizardo, com informações de Maria Clara Estrêla (estagiária)
Fonte: portalodia.com
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